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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Como o colágeno pode melhorar a saúde da sua pele?



O colágeno é uma importante proteína produzida pelo organismo desde o nascimento, mas que vai diminuindo a partir dos 30 anos, o que pode deixar a pele flácida e as cartilagens das articulações desgastadas.

Como primeira medida de prevenção, é importante ter uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos, principalmente musculação, que ajudam a minimizar os impactos do envelhecimento, como explicaram as dermatologistas Márcia Purceli e Denise Steiner.

Porém, em alguns casos, as pessoas recorrem aos suplementos nutricionais e vitamínicos que têm aminoácidos que estimulam a produção de colágeno, tanto na pele como nas articulações. Existem também cápsulas que trazem outros benefícios para a pele e também para cabelos e unhas (veja no quadro abaixo quais alimentos correspondem a esses complexos).

SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS
Para a firmeza
da pele
Para a proteção e
bronzeado da pele
Para fortalecimento do
cabelo e das unhas
Composição: licopeno, vitamina C, vitamina E e flavonoidesComposição: betacaroteno
e  flavonoides
Composição:
biotina e flavonoides
Alimentos correspondentes:
6 colheres de arroz branco, 1 concha de feijão, 1 bife de carne vermelha, 1 pires de couve manteiga  refogada, 1 pires de salada de alface, tomate, cebola e 2 amêndoas
Alimentos correspondentes:
1 prato de macarronada bolonhesa, 1 pires de salada de agrião com trigo à vinagrete, 1 copo de suco de laranja com cenoura
Alimentos correspondentes: 
6 colheres de arroz integral,  1 concha de soja, 1 bife de fígado acebolado, 4 colheres de abóbora refogada com 1 colher de farelo de trigo, 1 pires de salada de rúcula, pepino e tomate seco

Apesar de não ter contraindicação, é importante que esses compostos só sejam usados com orientação médica já que o excesso de uso pode trazer danos à saúde, principalmente no caso de mulheres gestantes ou em fase de amamentação.

Além disso, vale ressaltar que o uso dos suplementos não funciona isoladamente. Por exemplo, a pessoa que toma o colágeno não terá a pele firme se continuar estressada, fumando, tomando sol e comendo mal – não é um milagre.

Fora os benefícios que traz para a estética, as médicas ressaltaram que o colágeno também fortalece os tecidos, promove elasticidade e resistência à pele, além de beneficiar os músculos, tendões, ligamentos e vasos do corpo.

Na alimentação, as principais fontes de colágeno são as proteínas animais, como carnes vermelhas, frangos, peixes e ovos. Mas, como explicou a nutricionista Nádia Rocha Brito, existem outros alimentos que podem também contribuir, como fontes de vitamina C (acerola, caju, limão, abacaxi, kiwi, morango e pêssego), folhas verdes escuras e fontes de vitamina E, selênio e zinco (avelãs, amêndoas e castanhas).

Vegetais não são fontes de colágeno, mas são fontes de proteína e isso pode também ajudar, assim como as gelatinas.

A recomendação de consumo diário de proteína para adultos é de 0,8 gramas por quilo de peso – por exemplo, uma pessoa de 60 quilos teria que comer 48 gramas de proteína todos os dias, quantidade presente em um copo de leite, dois bifes e uma concha de feijão. Pode parecer pouca coisa, mas muitas pessoas não conseguem suprir essa necessidade diária.

As dermatologistas alertaram também que o colágeno contribui bastante para o tratamento da osteoartrose, doença crônica e de lenta evolução, responsável por deixar 15% da população adulta do mundo incapacitada. Isso acontece porque há um desgaste da cartilagem articular e, consequentemente, alterações ósseas e rigidez e dor nas articulações.

A Sociedade Brasileira de Reumatologia reconhece os benefícios do colágeno para pacientes com artrose, já que a proteína pode melhorar a cartilagem dessas pessoas que estão, principalmente, na fase inicial da doença. Porém, o uso do suplemento é apenas um complemento ao tratamento e não pode ser usado isoladamente.

fonte: g1.globo.com


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

BB, CC e DD Cream: o que são?

Já se foi a época em que as mulheres precisavam passar diversos cremes ao longo do dia (e da noite!) para manter a pele saudável e também bonita. Com a invenção do BB Cream, um verdadeiro creme tudo-em-um, ficou mais fácil tratar e embelezar a cútis.

mulher-creme-mBB Cream é tudo num só creme

"É um produto adequado para todos os tipos de pele, em especial para as peles sensíveis", afirma Karla Assed, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Alguns produtos são específicos também para peles oleosas e acnéicas.

Também chamado de Blemish Balm Cream, ele é usado principalmente como cosmético. "Sua composição é feita de uma mistura de hidratante, protetor solar, base e corretivo. Ele virou uma febre na Ásia, com as Coreanas, pois promete deixar a pele perfeita de uma forma bem prática e com o acabamento bem leve", explica a beauty artist Fê Guedes.

CC Cream promete embelezar peles maduras

Mal chegou essa maravilha revolucionária em terras brasileiras e eis que aparece o CC Cream (Complete Correction Cream) no mercado internacional: uma versão melhorada do primeiro, indicado para peles mais maduras, pois também possui a função de clarear manchas e minimizar linhas de expressão além de hidratar. "Sua composição é uma mistura de hidratante, protetor solar, base, corretivo, clareador da pele e antioxidante", acrescenta Fê.

Já o DD Cream é aposta para o corpo

O novo lançamento da cosmetologia abriu espaço para mais um: o DD Cream. Ele vem para somar praticidade aos creams, mas deve ser usado de forma diferente, pois mistura BHA, ureia, vitamina natural E, vitamina B3 e aloe vera, para ser usado no corpo todo e principalmente nas áreas mais ásperas. 

"O Daily Defense Cream promete reduzir manchas, suavizar cicatrizes e prevenir o aparecimento de estrias estimulando a regeneração da pele. Deve ser usado de 2 a 3 vezes por semana", orienta a beauty artist. Para Luciana Hitomi, médica especializada em medicina estética da Slim Clinique, o produto é ideal para a proteção que o corpo precisa durante o dia e ainda age como bronzeador artificial.

Para atender à necessidade da mulher moderna, os dermacosméticos ganham espaço no arsenal de beleza feminino devido ao novo formato desses produtos que estão surgindo. "Com os 'creams' você pode usar tudo junto, facilitando para nós, mulheres, que temos o dia a dia tão corrido e acabamos esquecendo uma vez ou outra de aplicar um ou outro creme", considera Fê Guedes.

fonte: Larissa Faria

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Beleza perigosa: saiba identificar produtos que podem ser tóxicos



Ficar de olho no rótulo e buscar informações sobre o fabricante é o primeiro passo para se proteger de alergias, irritações e até problemas mais graves

Você já deve ter se deparado com essa dúvida: diante de tantos cosméticos expostos nas gôndolas de lojas, drogarias e supermercados, qual levar? E, mais do que isso, será que todos são seguros para o uso? Tais questionamentos têm razão de ser: alguns produtos podem conter ingredientes potencialmente perigosos para a saúde, provocando desde irritações e alergias cutâneas até o desenvolvimento de doenças graves, como o câncer. As dicas dos especialistas: prestar atenção no nome da empresa fabricante e olhar bem os rótulos – para verificar as substâncias e os registros obrigatórios que devem constar ali.

"É sempre relevante conhecer a idoneidade da empresa. Embora a escolha de um cosmético, maquiagem ou coloração seja pessoal, ter ciência de algumas informações básicas ajuda para uma decisão acertada", destaca a farmacêutica Mika Yamaguchi.

 "Os produtos no Brasil são rigorosamente testados. No entanto, é certo que surgiram (nos últimos tempos) muitas marcas novas e o consumidor deve ficar atento para adquirir o que é de boa qualidade e confiável. No rótulo, devem constar dados como CNPJ, endereço, nome do farmacêutico ou químico responsável, endereço da empresa e telefone do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC). E, no caso de itens como os antiidade, classificados como grau II, registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)", diz o farmacêutico especialista em cosmetologia Maurício Pupo.

Promessa é dívida

Os produtos considerados como grau I, que apresentam benefícios como hidratação, desodorização e limpeza, necessitam somente de uma notificação na Anvisa; já os de grau II são avaliados por uma equipe técnica encarregada de verificar se, de fato, têm as características descritas na embalagem. Neste grupo, estão os antiidade, anti-celulite e anti-queda de cabelo. "Com tal registro, a agência garante que a pessoa receberá o que foi anunciado no invólucro", salienta Mika Yamaguchi.

O órgão já elaborou uma lista restritiva de substâncias nocivas que devem ser banidas das formulações. "Acontece que muitos outros ativos ainda são permitidos, em algum nível, pela Agência e por autoridades sanitárias de alguns países", diz Maurício Pupo.

Veja, abaixo, uma lista de elementos que, segundo os especialistas, podem trazer riscos para as peles sensíveis ou perigos para a saúde:

Formol– O composto químico, também conhecido como formaldeído, é o primeiro da lista porque é um dos mais perigosos. Utilizado para alisamento e também como conservante, é extremamente nocivo para a pele, o cabelo e o organismo, causando até câncer. Estudo realizado pelo Departamento de Medicina Comunitária da Faculdade de Medicina da Universidade de West Virginia (EUA), e publicado no "Journal of Environmental and Public Health" em maio de 2011, notou aumento de risco de desenvolvimento de câncer de pulmão associado à exposição a alguns compostos, entre eles o formol. "Por isso, seu emprego não é mais permitido em produtos cosméticos no Brasil desde janeiro de 2012", salienta Maurício Pupo. Nos rótulos, o formol pode estar apresentado com os seguintes nomes: quatérnium-15, diazolidinil hora, imidazolidinil ureia e DMDM hidantoína.

Parabenos– Trata-se de um conservante encontrado em cremes corporais, géis de banho e desodorantes, usado para evitar a contaminação por fungos e bactérias, garantindo o uso do produto em longo prazo. "Já há estudos, no entanto, mostrando que pode estar relacionado ao câncer", ressalta Mika Yamaguchi. "Embora sejam estáveis e, em pequenas concentrações, apresentem baixa toxicidade, existe uma crescente preocupação quanto à possibilidade de alguns parabenos terem ação hormonal, principalmente a estrogênica, de efeitos similares aos provocados pelos hormônios sexuais femininos", completa Maurício Pupo, acrescentando que o dito-cujo é aprovado pela Anvisa em limites muito restritos. Teste realizado pelo Centro de Saúde e Meio Ambiente da Universidade da Califórnia (EUA), e publicado no "Toxicology and Applied Pharmacology"  em março de 2007, mostrou que os parabenos são capazes de inibir a atividade induzida pela testosterona, podendo influenciar diretamente o sistema reprodutor humano. "De alguma maneira, é possível que interfiram com os hormônios humanos. Como sabemos que muitos tipos de câncer são decorrentes de mínimas alterações hormonais, temos que ficar atentos", salienta Maurício Pupo. Os parabenos podem ser identificados, nas formulações de cosméticos e desodorantes, com diversas nomenclaturas: parabens, pethylparaben, pthylparaben, propylparaben e putylparaben. Encontrou um destes termos? Melhor evitar.

Propilenoglicol– Empregado como diluente de outras substâncias ou para conferir sensação de hidratação, está em uma grande variedade de cosméticos. Mas, segundo os especialistas, é provável que provoque distúrbios cutâneos como alergias e irritações. Estudo realizado com 45.138 pacientes na Universidade de Göttingen, na Alemanha, e publicado no periódico "Contact Dermatitis" em novembro de 2005, denunciou seu potencial sensibilizante, confirmado também pelo Departamento de Dermatologia do Hospital Osaka Red Cross, no Japão, e publicado no "International Journal of Dermatology" no mesmo ano. "É aprovado pela Anvisa sem limite de concentração, mas vetado em cosméticos orgânicos",diz Maurício Pupo. Em tempo, cosméticos orgânicos são aqueles que não apresentam substâncias químicas derivadas de petroquímicos ou sintéticos, que utilizam ativos isentos de agrotóxicos e extraídos de forma mais natural. Para saber se o produto cosmético contém propilenoglicol na composição, verifique o termo propylene plycol na embalagem.

Amarelo tartazina– Corante, oferece grande risco de alergia. "Seria interessante utilizar produtos sem corantes", sustenta Mika Yamaguchi, acrescentando que, no setor alimentício, quase a totalidade dos itens vem com corantes na composição. "Como são a principal causa de alergia em cosméticos, a maioria das empresas já os eliminou das formulações", diz Maurício Pupo. Nas embalagens, aparecem com a nomenclatura CI – Color Index, com um código que representa a cor.

Etoxilado– É um emulsificante – encontrado em xampus, por exemplo – originário de um processo químico chamado etoxilação. Prejudica a defesa natural da pele, deixando-a mais vulnerável à entrada de microorganismos e à desidratação. "Por isso, é interessante utilizar produtos livres de etoxilados, com emulsificantes de alta afinidade com a cútis, como os fosfolipídeos", recomenda Mika Yamaguchi. Importante: a Anvisa não controla este tipo de ingrediente. "Os etoxilados podem estar contaminados com um agente cancerígeno chamado 1,4 dioxano. Por isso, é essencial que se utilize etoxilados livres de 1,4 dioxano. Vale ressaltar, ainda, que existe o risco ambiental, pois o processo de etoxilação é danoso ao meio", finaliza Maurício Pupo. Na embalagem, o nome que aparece é este mesmo, etoxilado.

Filtros solares químicos– Tais aditivos, aprovados pela Anvisa e protetores dos raios UVA e UVB, nas peles muito sensíveis ou infantis podem causar irritação quando presentes em altas concentrações. Por isso, é recomendável que pessoas nessas condições prefiram protetores solares com filtros físicos como dióxido de titânio e óxido de zinco, estruturas inorgânicas que não penetram na epiderme. "Nos filtros, componentes absorvedores de luz, como benzofenona-3 e 4-metilbenzelideno cânfora, demonstraram ter a capacidade de se acumular no corpo humano por até cinco dias. Então, são elementos que devem ser evitados", diz Maurício Pupo, salientando que este resultado apareceu em um estudo científico realizado no Instituto de Avaliação de Riscos de Ciências da Universidade de Utrecht, na Holanda, e publicado no "Toxicology and Applied Pharmacology", em outubro de 2005. "Foi relatado que a exposição diária a tais filtros resulta em efeitos estrogênicos no corpo humano." Em outras palavras, o ativo pode interagir com receptores de estrógeno e atuar como se fosse um hormônio feminino. "Mas é bom deixar claro que não são todos os filtros químicos que fazem isso, somente os mais antigos. A nova geração já apresenta maior segurança", explica o cosmetólogo Maurício Pupo. Alguns nomes de filtros solares químicos: avobenzona, octilmetoxicinamato, homosalate e bis-etilexiloxifenol metoxifenil triacina.

Óleo mineral– Derivado do petróleo e composto por uma mistura complexa de hidrocarbonetos, é aplicado na indústria cosmética como emoliente, lubrificante e hidratante – e, por isso, está presente em diversos cremes e loções. "Seu uso, no entanto, tem sido relacionado a casos de desordens cutâneas", adverte Maurício Pupo. Tanto é que o Departamento de Medicina Ocupacional do Hospital Universitário de Trondheim, na Noruega, apontou que houve prevalência de alterações como pele ressecada, dermatite, acne e eczema em indivíduos que tinham contato direto com o componente. "Outro problema relatado em relação ao óleo mineral é a contaminação de alguns produtos com o 1,4-dioxano. Este composto orgânico classificado como éter, segundo pesquisas científicas como a publicada no "Regulatory Toxicology and Pharmacology", em outubro de 2003, demonstra apresentar potencial carcinogênico, penetração na pele e uma fraca atividade genotóxica, ou seja, danos ao material genético", completa o cosmetólogo. Em outras palavras, há suspeita de que provoca diversos tipos de câncer, como de pulmão, esôfago, estômago, linfoma e leucemia. A Anvisa não controla o uso do óleo mineral em cosméticos. Nos rótulos, procure por palavras como paraffin oil e mineral oil.

Ftalatos– Eles entram em esmaltes, perfumes, xampus e maquiagens como aditivos, plastificantes ou agentes amaciadores. Mas é bom ficar alerta: estudo realizado em 2009 em múltiplos institutos e publicado no Environmental Health Perspectives em fevereiro de 2009 verificou que a exposição aos ftalatos está associada à ocorrência de hipospádia, uma das anormalidades urogenitais mais comuns em bebês do sexo masculino. "Outra pesquisa, comandada em 2009 pelo Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de Fudan, na China, provou ligação entre a exposição fetal aos ftalatos, durante a gestação, e o baixo peso no nascimento", destaca Maurício Pupo. Não há controle, por parte da Anvisa, em relação ao  emprego do ativo. "Nos frascos, não dá para identificá-lo, pois os ftalatos são moléculas contaminantes de determinadas matérias-primas", diz Maurício Pupo.

Aminas aromáticas– Presentes em tinturas capilares, é possível que esses hidrocarbonetos aumentem o risco de desenvolvimento de câncer, entre eles o de bexiga. "Tal suspeita surgiu em estudo publicado no "Mutation Research" em setembro de 2002 e evidenciada pelo Public Health Reports em janeiro-fevereiro de 2005, nos Estados Unidos", revela Maurício Pupo, acrecentando que a Anvisa estabelece limites para o uso do ativo em cosméticos, que aparecem com este nome mesmo nos rótulos.

Ureia - Um dos hidratantes mais utilizados em cosméticos é a ureia, tanto pela sua eficácia quanto pelo seu baixo preço. Como penetra profundamente na pele e tem a capacidade de atravessar a placenta, podendo chegar até o feto em formação e ocasionar graves consequências ao bebê, traz uma advertência da Anvisa: todas as vezes que o componente estiver presente em dosagens maiores que 3%, o rótulo alerta ‘Para uso durante a gravidez, consulte um médico’. "O órgão também veta a fabricação de cosméticos que contenham mais de 10% de ureia", salienta, farmacêutica especialista em desenvolvimento de cosméticos Anelise H. Leite Taleb. Na embalagem, o nome é o mesmo.

fonte: Rosana Faria