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terça-feira, 5 de março de 2013

Você sabe como aplicar corretamente o filtro solar? Antes ou depois da maquiagem?



Bom dia pessoal!

Mais uma matéria no blog e dessa vez sobre o uso diário do filtro solar. 
Pesquisei e separei algumas das dúvidas que surgem quando falamos em filtro e proteção solar.
O uso diário de filtro solar é imprescindível para evitar câncer de pele, manchas e envelhecimento precoce. Mas não é um hábito comum entre nós: 62% dos entrevistados na Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Pele de 2011 admitiram não adotar medidas contra os raios ultravioleta.  

Não gosto de ficar melada. Posso passar só um pouquinho de protetor?
"Aplicar uma camada muito fina de filtro solar reduz o poder de proteção do produto", avisa o dermatologista Sérgio Schalka, coordenador do Departamento de Fotobiologia da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Para oferecer a proteção estampada no rótulo, você deve passar 2 miligramas (uma colher de chá) de filtro solar por centímetro quadrado de corpo. Isso equivale a meia colher de chá no rosto, meia em cada braço, uma colher de chá em cada perna, uma nas costas e outra no tronco. Mas se achar muito, em vez de aplicar um produto com fator de proteção solar (FPS) 30, escolha um com FPS 60. Ou prefira um protetor com toque seco, que não mela a pele. 

Basta aplicar o produto uma vez, 30 minutos antes de sair de casa?
Os filtros atuais não requerem tanta antecedência, pois têm ação imediata. Mas espere 30 minutos se for entrar na água. No dia a dia, aplique uma vez pela manhã e ao sair para o almoço. Na praia ou piscina, reaplique a cada duas horas (no máximo três) e após ficar muito tempo na água ou suar intensamente. 

Quem tem pele clara pode usar fator de proteção abaixo de 30 no corpo?
De jeito nenhum. "Proteção 30 é o fator mínimo para qualquer pessoa, especialmente para aquelas que têm pele clara", responde Sérgio Schalka. Pode acontecer de a pele não ficar vermelha (sinal visível de queimadura) com o uso de um protetor com fator de proteção baixo. Mesmo assim ocorrem alterações no DNA das células da pele, favorecendo o aparecimento de rugas e do câncer de pele, o tumor que mais atinge os brasileiros, representando 25% de todos os tumores malignos no país.

O produto em gel é obrigatório para quem tem pele oleosa?
"O gel tradicional não é um bom veículo para filtro solar, pois costuma esfarelar ao ser espalhado no rosto", explica Sérgio Schalka. Por isso, prefira as formulações à base de gel-creme, capazes de proteger contra os raios solares e retirar o brilho excessivo da pele. 

Os produtos em spray são tão práticos. Eles protegem tanto quanto as versões em creme?
"O veículo mais eficiente é o creme", reforça Sérgio Schalka. As novas formulações em spray e sérum, no entanto, foram desenvolvidas e testadas para fornecer a proteção estampada na embalagem. Isto é, desde que você observe a quantidade e espalhe o produto de maneira adequada com as mãos. "É importante formar uma película branca sobre a pele, que desaparece em cinco minutos", completa o dermatologista.

É verdade que o filtro solar bloqueia a síntese de vitamina D?
Sim, ela é produzida sob a pele mediante a presença da radiação solar. Para driblar esse inconveniente (já que a vitamina D é essencial ao coração, aos ossos e músculos), os especialistas orientam sempre passar filtro solar no rosto e, no dia a dia, fazer um rodízio do produto em outras partes do corpo. Um dia, passe filtro no braço direito e, no outro, no braço esquerdo. Mas bastam 15 minutos diários de exposição ao sol sem proteção (de preferência de manhã cedo ou à tardinha) para que a vitamina D seja fabricada. 

Como saber se o filtro tem boa proteção contra os raios UVA?
Pela nova legislação aprovada em julho de 2012, o grau de proteção contra esse tipo de raios deve equivaler a 1/3 do FPS (que se refere ao grau de proteção contra os raios UVB). Em um produto com FPS 30, esse número indicado pela sigla PPD (Persistent Pigment Darkening) precisa ser, no mínimo, 10. Outro modo de informar sobre a proteção contra os raios UVA é pela presença de cruzes. Escolha o produto que tiver três (+++). A nova legislação também exige no rótulo a orientação sobre a necessidade de reaplicação, mesmo nos protetores resistentes à água. E a palavra bloqueador está vetada, já que nenhum filtro protege a pele 100%. 

E o cabelo, precisa de proteção solar?
Sim, pois os raios ultravioleta atingem a matriz, espécie de cimento entre as células do fio, prejudicando a retenção de água e causando ressecamento, aspereza, pontas duplas e desbotamento, principalmente em quem costuma usar tintura ou faz mechas. Mas a função do filtro solar nos produtos para cabelo, especialmente os sem enxágue, é diferente da ação na pele - por isso, não existe a sigla FPS. O objetivo é formar uma película de proteção sobre o fio que funciona como um escudo contra a ação nociva do sol. Além de filtro UV, vale checar no rótulo se a fórmula do leavein contém outros ativos que hidratam o cabelo. Queratina, ceramidas, silicone e vitamina E são ótimas opções.

Tomar protetor solar em cápsula traz resultado?
Comprimidos à base de chá verde, betacaroteno e extrato de Polypodium leucotomus, uma samambaia tropical, protegem contra os raios solares, mas nada que se compare ao efeito dos filtros tradicionais, espalhados sobre a pele. Assim, apesar de aumentar a proteção natural, os filtros em cápsula ainda não têm o poder de substituir os protetores tópicos. Servem, no máximo, para complementar a ação, tornando a pele mais resistente contra os radicais livres gerados após exposição ao sol.

Vale a pena investir em filtros para o rosto com antioxidantes?
É um benefício a mais. Os novos produtos trazem na fórmula ácido hialurônico, substâncias firmadoras e antioxidantes (vitaminas C, E e derivados fenólicos) que hidratam e protegem a pele contra os danos causados pelos radicais livres. Mas, se for preciso, você também pode usar um hidratante no rosto, passando primeiro o creme e depois o filtro solar facial de uso diário. 

O filtro adicionado às maquiagens é suficiente?
Não. "Geralmente, as bases e corretivos trazem filtros baixos, entre 8 e 15, quando o mínimo recomendado para uso diário é 30. Além disso, esses produtos não protegem contra os raios UVA, associados ao envelhecimento precoce e ao aparecimento de câncer de pele, alerta o dermatologista Marcelo Bellini, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. 

Mas como harmonizar o protetor solar com a maquiagem diária?
Simples. Primeiro passe o filtro solar e espere a pele absorvê-lo. Só então faça a maquiagem ou escolha um dos novos protetores que já têm a tonalidade e a textura de base. Depois espalhe o pó e, se necessário, complete passando sombra, lápis, rímel, blush, batom... De acordo com Sérgio Schalka, os novos protetores facilitaram bastante esse processo. "As pessoas acostumadas a usar maquiagem diariamente se ajustaram bem." 

Preciso remover a maquiagem para reaplicar o filtro?
Não necessariamente. A dermatologista Maria Fernanda Tembra, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia, ensina um processo mais rápido e prático: "Passe um lenço antibrilho para tirar o excesso de oleosidade da pele. Em seguida, reaplique uma camada do filtro solar em todo o rosto e pescoço. E, se achar que é mesmo preciso, reaplique a maquiagem. "Normalmente, um retoquezinho no blush e no batom são suficientes", finaliza a dermatologista.

fontes: Cristiana Nabuco

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Como o colágeno pode melhorar a saúde da sua pele?



O colágeno é uma importante proteína produzida pelo organismo desde o nascimento, mas que vai diminuindo a partir dos 30 anos, o que pode deixar a pele flácida e as cartilagens das articulações desgastadas.

Como primeira medida de prevenção, é importante ter uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos, principalmente musculação, que ajudam a minimizar os impactos do envelhecimento, como explicaram as dermatologistas Márcia Purceli e Denise Steiner.

Porém, em alguns casos, as pessoas recorrem aos suplementos nutricionais e vitamínicos que têm aminoácidos que estimulam a produção de colágeno, tanto na pele como nas articulações. Existem também cápsulas que trazem outros benefícios para a pele e também para cabelos e unhas (veja no quadro abaixo quais alimentos correspondem a esses complexos).

SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS
Para a firmeza
da pele
Para a proteção e
bronzeado da pele
Para fortalecimento do
cabelo e das unhas
Composição: licopeno, vitamina C, vitamina E e flavonoidesComposição: betacaroteno
e  flavonoides
Composição:
biotina e flavonoides
Alimentos correspondentes:
6 colheres de arroz branco, 1 concha de feijão, 1 bife de carne vermelha, 1 pires de couve manteiga  refogada, 1 pires de salada de alface, tomate, cebola e 2 amêndoas
Alimentos correspondentes:
1 prato de macarronada bolonhesa, 1 pires de salada de agrião com trigo à vinagrete, 1 copo de suco de laranja com cenoura
Alimentos correspondentes: 
6 colheres de arroz integral,  1 concha de soja, 1 bife de fígado acebolado, 4 colheres de abóbora refogada com 1 colher de farelo de trigo, 1 pires de salada de rúcula, pepino e tomate seco

Apesar de não ter contraindicação, é importante que esses compostos só sejam usados com orientação médica já que o excesso de uso pode trazer danos à saúde, principalmente no caso de mulheres gestantes ou em fase de amamentação.

Além disso, vale ressaltar que o uso dos suplementos não funciona isoladamente. Por exemplo, a pessoa que toma o colágeno não terá a pele firme se continuar estressada, fumando, tomando sol e comendo mal – não é um milagre.

Fora os benefícios que traz para a estética, as médicas ressaltaram que o colágeno também fortalece os tecidos, promove elasticidade e resistência à pele, além de beneficiar os músculos, tendões, ligamentos e vasos do corpo.

Na alimentação, as principais fontes de colágeno são as proteínas animais, como carnes vermelhas, frangos, peixes e ovos. Mas, como explicou a nutricionista Nádia Rocha Brito, existem outros alimentos que podem também contribuir, como fontes de vitamina C (acerola, caju, limão, abacaxi, kiwi, morango e pêssego), folhas verdes escuras e fontes de vitamina E, selênio e zinco (avelãs, amêndoas e castanhas).

Vegetais não são fontes de colágeno, mas são fontes de proteína e isso pode também ajudar, assim como as gelatinas.

A recomendação de consumo diário de proteína para adultos é de 0,8 gramas por quilo de peso – por exemplo, uma pessoa de 60 quilos teria que comer 48 gramas de proteína todos os dias, quantidade presente em um copo de leite, dois bifes e uma concha de feijão. Pode parecer pouca coisa, mas muitas pessoas não conseguem suprir essa necessidade diária.

As dermatologistas alertaram também que o colágeno contribui bastante para o tratamento da osteoartrose, doença crônica e de lenta evolução, responsável por deixar 15% da população adulta do mundo incapacitada. Isso acontece porque há um desgaste da cartilagem articular e, consequentemente, alterações ósseas e rigidez e dor nas articulações.

A Sociedade Brasileira de Reumatologia reconhece os benefícios do colágeno para pacientes com artrose, já que a proteína pode melhorar a cartilagem dessas pessoas que estão, principalmente, na fase inicial da doença. Porém, o uso do suplemento é apenas um complemento ao tratamento e não pode ser usado isoladamente.

fonte: g1.globo.com


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

BB, CC e DD Cream: o que são?

Já se foi a época em que as mulheres precisavam passar diversos cremes ao longo do dia (e da noite!) para manter a pele saudável e também bonita. Com a invenção do BB Cream, um verdadeiro creme tudo-em-um, ficou mais fácil tratar e embelezar a cútis.

mulher-creme-mBB Cream é tudo num só creme

"É um produto adequado para todos os tipos de pele, em especial para as peles sensíveis", afirma Karla Assed, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Alguns produtos são específicos também para peles oleosas e acnéicas.

Também chamado de Blemish Balm Cream, ele é usado principalmente como cosmético. "Sua composição é feita de uma mistura de hidratante, protetor solar, base e corretivo. Ele virou uma febre na Ásia, com as Coreanas, pois promete deixar a pele perfeita de uma forma bem prática e com o acabamento bem leve", explica a beauty artist Fê Guedes.

CC Cream promete embelezar peles maduras

Mal chegou essa maravilha revolucionária em terras brasileiras e eis que aparece o CC Cream (Complete Correction Cream) no mercado internacional: uma versão melhorada do primeiro, indicado para peles mais maduras, pois também possui a função de clarear manchas e minimizar linhas de expressão além de hidratar. "Sua composição é uma mistura de hidratante, protetor solar, base, corretivo, clareador da pele e antioxidante", acrescenta Fê.

Já o DD Cream é aposta para o corpo

O novo lançamento da cosmetologia abriu espaço para mais um: o DD Cream. Ele vem para somar praticidade aos creams, mas deve ser usado de forma diferente, pois mistura BHA, ureia, vitamina natural E, vitamina B3 e aloe vera, para ser usado no corpo todo e principalmente nas áreas mais ásperas. 

"O Daily Defense Cream promete reduzir manchas, suavizar cicatrizes e prevenir o aparecimento de estrias estimulando a regeneração da pele. Deve ser usado de 2 a 3 vezes por semana", orienta a beauty artist. Para Luciana Hitomi, médica especializada em medicina estética da Slim Clinique, o produto é ideal para a proteção que o corpo precisa durante o dia e ainda age como bronzeador artificial.

Para atender à necessidade da mulher moderna, os dermacosméticos ganham espaço no arsenal de beleza feminino devido ao novo formato desses produtos que estão surgindo. "Com os 'creams' você pode usar tudo junto, facilitando para nós, mulheres, que temos o dia a dia tão corrido e acabamos esquecendo uma vez ou outra de aplicar um ou outro creme", considera Fê Guedes.

fonte: Larissa Faria

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Beleza perigosa: saiba identificar produtos que podem ser tóxicos



Ficar de olho no rótulo e buscar informações sobre o fabricante é o primeiro passo para se proteger de alergias, irritações e até problemas mais graves

Você já deve ter se deparado com essa dúvida: diante de tantos cosméticos expostos nas gôndolas de lojas, drogarias e supermercados, qual levar? E, mais do que isso, será que todos são seguros para o uso? Tais questionamentos têm razão de ser: alguns produtos podem conter ingredientes potencialmente perigosos para a saúde, provocando desde irritações e alergias cutâneas até o desenvolvimento de doenças graves, como o câncer. As dicas dos especialistas: prestar atenção no nome da empresa fabricante e olhar bem os rótulos – para verificar as substâncias e os registros obrigatórios que devem constar ali.

"É sempre relevante conhecer a idoneidade da empresa. Embora a escolha de um cosmético, maquiagem ou coloração seja pessoal, ter ciência de algumas informações básicas ajuda para uma decisão acertada", destaca a farmacêutica Mika Yamaguchi.

 "Os produtos no Brasil são rigorosamente testados. No entanto, é certo que surgiram (nos últimos tempos) muitas marcas novas e o consumidor deve ficar atento para adquirir o que é de boa qualidade e confiável. No rótulo, devem constar dados como CNPJ, endereço, nome do farmacêutico ou químico responsável, endereço da empresa e telefone do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC). E, no caso de itens como os antiidade, classificados como grau II, registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)", diz o farmacêutico especialista em cosmetologia Maurício Pupo.

Promessa é dívida

Os produtos considerados como grau I, que apresentam benefícios como hidratação, desodorização e limpeza, necessitam somente de uma notificação na Anvisa; já os de grau II são avaliados por uma equipe técnica encarregada de verificar se, de fato, têm as características descritas na embalagem. Neste grupo, estão os antiidade, anti-celulite e anti-queda de cabelo. "Com tal registro, a agência garante que a pessoa receberá o que foi anunciado no invólucro", salienta Mika Yamaguchi.

O órgão já elaborou uma lista restritiva de substâncias nocivas que devem ser banidas das formulações. "Acontece que muitos outros ativos ainda são permitidos, em algum nível, pela Agência e por autoridades sanitárias de alguns países", diz Maurício Pupo.

Veja, abaixo, uma lista de elementos que, segundo os especialistas, podem trazer riscos para as peles sensíveis ou perigos para a saúde:

Formol– O composto químico, também conhecido como formaldeído, é o primeiro da lista porque é um dos mais perigosos. Utilizado para alisamento e também como conservante, é extremamente nocivo para a pele, o cabelo e o organismo, causando até câncer. Estudo realizado pelo Departamento de Medicina Comunitária da Faculdade de Medicina da Universidade de West Virginia (EUA), e publicado no "Journal of Environmental and Public Health" em maio de 2011, notou aumento de risco de desenvolvimento de câncer de pulmão associado à exposição a alguns compostos, entre eles o formol. "Por isso, seu emprego não é mais permitido em produtos cosméticos no Brasil desde janeiro de 2012", salienta Maurício Pupo. Nos rótulos, o formol pode estar apresentado com os seguintes nomes: quatérnium-15, diazolidinil hora, imidazolidinil ureia e DMDM hidantoína.

Parabenos– Trata-se de um conservante encontrado em cremes corporais, géis de banho e desodorantes, usado para evitar a contaminação por fungos e bactérias, garantindo o uso do produto em longo prazo. "Já há estudos, no entanto, mostrando que pode estar relacionado ao câncer", ressalta Mika Yamaguchi. "Embora sejam estáveis e, em pequenas concentrações, apresentem baixa toxicidade, existe uma crescente preocupação quanto à possibilidade de alguns parabenos terem ação hormonal, principalmente a estrogênica, de efeitos similares aos provocados pelos hormônios sexuais femininos", completa Maurício Pupo, acrescentando que o dito-cujo é aprovado pela Anvisa em limites muito restritos. Teste realizado pelo Centro de Saúde e Meio Ambiente da Universidade da Califórnia (EUA), e publicado no "Toxicology and Applied Pharmacology"  em março de 2007, mostrou que os parabenos são capazes de inibir a atividade induzida pela testosterona, podendo influenciar diretamente o sistema reprodutor humano. "De alguma maneira, é possível que interfiram com os hormônios humanos. Como sabemos que muitos tipos de câncer são decorrentes de mínimas alterações hormonais, temos que ficar atentos", salienta Maurício Pupo. Os parabenos podem ser identificados, nas formulações de cosméticos e desodorantes, com diversas nomenclaturas: parabens, pethylparaben, pthylparaben, propylparaben e putylparaben. Encontrou um destes termos? Melhor evitar.

Propilenoglicol– Empregado como diluente de outras substâncias ou para conferir sensação de hidratação, está em uma grande variedade de cosméticos. Mas, segundo os especialistas, é provável que provoque distúrbios cutâneos como alergias e irritações. Estudo realizado com 45.138 pacientes na Universidade de Göttingen, na Alemanha, e publicado no periódico "Contact Dermatitis" em novembro de 2005, denunciou seu potencial sensibilizante, confirmado também pelo Departamento de Dermatologia do Hospital Osaka Red Cross, no Japão, e publicado no "International Journal of Dermatology" no mesmo ano. "É aprovado pela Anvisa sem limite de concentração, mas vetado em cosméticos orgânicos",diz Maurício Pupo. Em tempo, cosméticos orgânicos são aqueles que não apresentam substâncias químicas derivadas de petroquímicos ou sintéticos, que utilizam ativos isentos de agrotóxicos e extraídos de forma mais natural. Para saber se o produto cosmético contém propilenoglicol na composição, verifique o termo propylene plycol na embalagem.

Amarelo tartazina– Corante, oferece grande risco de alergia. "Seria interessante utilizar produtos sem corantes", sustenta Mika Yamaguchi, acrescentando que, no setor alimentício, quase a totalidade dos itens vem com corantes na composição. "Como são a principal causa de alergia em cosméticos, a maioria das empresas já os eliminou das formulações", diz Maurício Pupo. Nas embalagens, aparecem com a nomenclatura CI – Color Index, com um código que representa a cor.

Etoxilado– É um emulsificante – encontrado em xampus, por exemplo – originário de um processo químico chamado etoxilação. Prejudica a defesa natural da pele, deixando-a mais vulnerável à entrada de microorganismos e à desidratação. "Por isso, é interessante utilizar produtos livres de etoxilados, com emulsificantes de alta afinidade com a cútis, como os fosfolipídeos", recomenda Mika Yamaguchi. Importante: a Anvisa não controla este tipo de ingrediente. "Os etoxilados podem estar contaminados com um agente cancerígeno chamado 1,4 dioxano. Por isso, é essencial que se utilize etoxilados livres de 1,4 dioxano. Vale ressaltar, ainda, que existe o risco ambiental, pois o processo de etoxilação é danoso ao meio", finaliza Maurício Pupo. Na embalagem, o nome que aparece é este mesmo, etoxilado.

Filtros solares químicos– Tais aditivos, aprovados pela Anvisa e protetores dos raios UVA e UVB, nas peles muito sensíveis ou infantis podem causar irritação quando presentes em altas concentrações. Por isso, é recomendável que pessoas nessas condições prefiram protetores solares com filtros físicos como dióxido de titânio e óxido de zinco, estruturas inorgânicas que não penetram na epiderme. "Nos filtros, componentes absorvedores de luz, como benzofenona-3 e 4-metilbenzelideno cânfora, demonstraram ter a capacidade de se acumular no corpo humano por até cinco dias. Então, são elementos que devem ser evitados", diz Maurício Pupo, salientando que este resultado apareceu em um estudo científico realizado no Instituto de Avaliação de Riscos de Ciências da Universidade de Utrecht, na Holanda, e publicado no "Toxicology and Applied Pharmacology", em outubro de 2005. "Foi relatado que a exposição diária a tais filtros resulta em efeitos estrogênicos no corpo humano." Em outras palavras, o ativo pode interagir com receptores de estrógeno e atuar como se fosse um hormônio feminino. "Mas é bom deixar claro que não são todos os filtros químicos que fazem isso, somente os mais antigos. A nova geração já apresenta maior segurança", explica o cosmetólogo Maurício Pupo. Alguns nomes de filtros solares químicos: avobenzona, octilmetoxicinamato, homosalate e bis-etilexiloxifenol metoxifenil triacina.

Óleo mineral– Derivado do petróleo e composto por uma mistura complexa de hidrocarbonetos, é aplicado na indústria cosmética como emoliente, lubrificante e hidratante – e, por isso, está presente em diversos cremes e loções. "Seu uso, no entanto, tem sido relacionado a casos de desordens cutâneas", adverte Maurício Pupo. Tanto é que o Departamento de Medicina Ocupacional do Hospital Universitário de Trondheim, na Noruega, apontou que houve prevalência de alterações como pele ressecada, dermatite, acne e eczema em indivíduos que tinham contato direto com o componente. "Outro problema relatado em relação ao óleo mineral é a contaminação de alguns produtos com o 1,4-dioxano. Este composto orgânico classificado como éter, segundo pesquisas científicas como a publicada no "Regulatory Toxicology and Pharmacology", em outubro de 2003, demonstra apresentar potencial carcinogênico, penetração na pele e uma fraca atividade genotóxica, ou seja, danos ao material genético", completa o cosmetólogo. Em outras palavras, há suspeita de que provoca diversos tipos de câncer, como de pulmão, esôfago, estômago, linfoma e leucemia. A Anvisa não controla o uso do óleo mineral em cosméticos. Nos rótulos, procure por palavras como paraffin oil e mineral oil.

Ftalatos– Eles entram em esmaltes, perfumes, xampus e maquiagens como aditivos, plastificantes ou agentes amaciadores. Mas é bom ficar alerta: estudo realizado em 2009 em múltiplos institutos e publicado no Environmental Health Perspectives em fevereiro de 2009 verificou que a exposição aos ftalatos está associada à ocorrência de hipospádia, uma das anormalidades urogenitais mais comuns em bebês do sexo masculino. "Outra pesquisa, comandada em 2009 pelo Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de Fudan, na China, provou ligação entre a exposição fetal aos ftalatos, durante a gestação, e o baixo peso no nascimento", destaca Maurício Pupo. Não há controle, por parte da Anvisa, em relação ao  emprego do ativo. "Nos frascos, não dá para identificá-lo, pois os ftalatos são moléculas contaminantes de determinadas matérias-primas", diz Maurício Pupo.

Aminas aromáticas– Presentes em tinturas capilares, é possível que esses hidrocarbonetos aumentem o risco de desenvolvimento de câncer, entre eles o de bexiga. "Tal suspeita surgiu em estudo publicado no "Mutation Research" em setembro de 2002 e evidenciada pelo Public Health Reports em janeiro-fevereiro de 2005, nos Estados Unidos", revela Maurício Pupo, acrecentando que a Anvisa estabelece limites para o uso do ativo em cosméticos, que aparecem com este nome mesmo nos rótulos.

Ureia - Um dos hidratantes mais utilizados em cosméticos é a ureia, tanto pela sua eficácia quanto pelo seu baixo preço. Como penetra profundamente na pele e tem a capacidade de atravessar a placenta, podendo chegar até o feto em formação e ocasionar graves consequências ao bebê, traz uma advertência da Anvisa: todas as vezes que o componente estiver presente em dosagens maiores que 3%, o rótulo alerta ‘Para uso durante a gravidez, consulte um médico’. "O órgão também veta a fabricação de cosméticos que contenham mais de 10% de ureia", salienta, farmacêutica especialista em desenvolvimento de cosméticos Anelise H. Leite Taleb. Na embalagem, o nome é o mesmo.

fonte: Rosana Faria

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Quase 80% das mulheres que não precisam de desodorante usam o produto desnecessariamente


Quase oito em cada dez mulheres que não precisariam passar desodorante o fazem mesmo assim, concluiu um novo estudo da Universidade de Bristol, na Grã-Bretanha. 

Desodorante: 80% das mulheres que carregam variação genética que as impede de produzir odor nas axilas usam desodorante mesmo assim, diz estudo

Segundo os autores, essas pessoas não necessitam desses produtos pois carregam uma variação do gene ABCC11, que faz com que elas não produzam nenhum odor nas axilas. Os pesquisadores acreditam que esse trabalho possa abrir portas para que a genética passe a ser utilizada para facilitar a escolha de produtos de higiene pessoal. “Um teste genético simples poderia poupar alguns indivíduos da compra e do uso de produtos desnecessários e também reduzir a exposição deles a substâncias químicas”, diz Santiago Rodriguez, que coordenou a pesquisa.

Resultado: Cerca de 2% das mulheres britânicas brancas carregam uma variação no gene ABCC11 que as impedem de produzir odor debaixo dos braços.  Delas, 78% usam desodorante mesmo assim. Essa variação genética também torna as pessoas mais propensas a ter cera de ouvido seca, e não pegajosa, característica que poderia indicar a necessidade, ou não, do uso de desodorante.

O estudo foi divulgado no periódico Journal of Investigative Dermatology, uma publicação do grupo Nature. Segundo os autores, a produção de odor embaixo do braço acontece quando o suor produzido pelas glândulas sudoríparas se mistura a certas bactérias. A atividade do gene ABCC11 é um dos fatores responsáveis para que esse odor seja produzido, mas uma variação genética nesse gene o torna inativo. 

Para realizar a pesquisa, a equipe se baseou nos dados de 6.495 mulheres. A partir de um teste, o grupo encontrou a variação genética no gene ABCC11 em 2% das participantes. Apesar de não precisarem, já que não produzem odor nas axilas, 78% das mulheres britânicas brancas que apresentavam essa variante relataram usar desodorante todos os dias. A pesquisa também descobriu que 5% das participantes que deveriam fazer uso do produto, já que não carregavam a variação genética e que, portanto, produziam odor embaixo do braço, não costumavam fazê-lo.

Os autores do estudo ainda mostraram que pessoas que carregam essa variação genética também são mais propensas a ter a cera seca no ouvido, e não pegajosa. Ou seja, segundo eles, a verificação desse fator poderia ser um indicador da produção, ou não, de odor embaixo dos braços.

fonte: Veja

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Xampu sem sal é melhor: mito ou verdade?



A gente vem ouvindo há certo tempo que, na hora de comprar xampus, é melhor apostar naqueles sem sal, que seriam melhor para os fios do que os que contêm essa substância. Mas será que é verdade?

Segundo Mariana Piovesani, gerente de marketing de Neutrox, não há dados científicos que se refiram aos danos causados pelo ingrediente – que na verdade é o cloreto de sódio, um tipo de sal usado para fazer espuma. “O que as pessoas que utilizam os produtos com sal alegam é que sentem seus cabelos mais ressecados e consideram que um produto sem sal proporciona um cabelo mais tratado e os processos químicos duram mais tempo”, diz.

Ou seja: a nossa receita é que você teste um e outro e escolha o que for melhor mesmo para o seu cabelo – com ou sem sal!

fonte: Laura Ribeiro

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Cuidados com o autobronzeador




Laranja fica bem em música, no uniforme da seleção da Holanda, ou na sua cesta de frutas. Não na sua pele. Para não ficar dessa cor ao se autobronzear, além de evitar outros desconfortos, preparei algumas dicas.

Autobronzeador

O autobronzeador é uma alternativa para quem não se conforma com a pele branca (reconsidere: pele branca é bonita e saudável) e quer porque quer ficar com pele bronzeada. As outras opções, como tomar sol sem proteção ou utilizar câmara de bronzeamento artificial, estão descartadas: são prejudiciais à saúde. O autobronzeador funciona à base de dihidroxiacetona (DHA) e é encontrado sob diversas formas: spray, creme, gel e até toalhinha umedecida. Ele reage com a camada externa da pele e modifica sua cor. Quando bem aplicado, resulta em um tom bronzeado.

Mas aplicar autobronzeador não é tarefa simples. Uma irregularidade na aplicação e pronto: a cor não fica uniforme. Áreas de pele espessa podem ficar mais escuras ou alaranjadas por absorverem mais o produto. E, como a pele se renova continuamente, é preciso reaplicar frequentemente porque a cor desbota logo.

Bronzeamento a jato

Essa aplicação profissional, com spray à base de DHA, facilitaria a tarefa: é prática e cobre a pele de forma homogênea. Contudo, a técnica foi questionada quando a rede de televisão americana ABC fez uma reportagem mostrando que o produto é inalado e até ingerido durante a aplicação. Apesar de ser improvável que o uso eventual cause danos à saúde, a DHA é para uso externo e nada garante que seja inócua quando entra em contato com as vias aéreas e os pulmões. Por garantia, recomendo usar cremes em vez de sprays à base de DHA. Opção mais trabalhosa, porém mais segura.

Bronzeamento em casa

Algumas dicas ajudarão a obter cobertura homogênea e resultados duradouros com o uso dos cremes:

- Antes da aplicação, esfolie delicadamente sua pele para eliminar células mortas, principalmente onde ela é mais espessa. Por exemplo, nos cotovelos, joelhos e tornozelos. Assim, no banho, use sabonete líquido esfoliante, ou então esfregue uma toalha úmida em sua pele. Você também pode umedecer a toalha com o sabonete esfoliante.

- Após o banho, seque-se bem e passe o creme com massagens circulares, organizando a aplicação por áreas corporais. Por exemplo: complete a aplicação nos braços antes de seguir para pernas ou tórax.

- Para as palmas das mãos não ficarem alaranjadas, use luvas durante a aplicação ou lave as mãos sempre que terminar a aplicação em cada área. Não se esqueça de lavar entre os dedos e de secar as mãos antes de continuar. No final, você deve aplicar no dorso das mãos.

- Use menos quantidade de autobronzeador nos joelhos, cotovelos e tornozelos, já que estas áreas tendem a absorver mais o produto. Desta maneira você evitará que elas fiquem com um tom mais escuro ou alaranjado. E também esfregue uma toalha úmida nestas áreas logo após a aplicação.

- Ao terminar a aplicação dos cremes, aguarde 10 minutos antes de se vestir, e não molhe a pele nas 8 horas seguintes. O produto continua agindo por 24 horas.

- Enquanto estiver sob efeito do autobronzeador, tome banhos rápidos e com sabonete neutro. E, ao se secar, cuidado com o atrito da toalha, pois isso remove a camada mais externa da pele, desbotando o bronzeado. Pelo mesmo motivo, evite também se depilar nesse período. Tanto cera quanto lâmina removem a camada mais externa da pele e a cor vai junto.

- Por fim, não se iluda com a nova cor: a sua pele está tão desprotegida das radiações solares quanto antes da aplicação. Ao sol, use filtro solar normalmente.

fonte: Lucia Mandel